sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Brasil 2016: A Experiência com a “Kakistocracia"

| Texto Ilton Freitas


Um importante politólogo italiano, Michelangelo Bovero, refletindo sobre os descaminhos da democracia  sob os auspícios do primeiro-ministro Silvio Berlusconni, não hesitou em afirmar que o ethos do governo se aproximava de uma “Kaquistocracia”. No “Dicionário de Sociologia”, numa de suas primeiras edições em inglês, no ano de 1944, o termo Kakistocracia era definido por Frederick M. Lumley como: “...o governo dos piores; estado de degeneração das relações humanas em que a organização governamental está controlada e dirigida por governantes ignorantes e chulos, e/ou por camarilhas inescrupulosas”. Nos idos de 1974, o filósofo argentino Jorge L. García Venturini explicava que “Kakistos” é o superlativo de Kakos, que significa mal e também sórdido, sujo, vil, incapaz, perverso, nocivo, funesto e outras coisas semelhantes. Portanto, se “Kakos” é mal, seu superlativo “Kakistos” é o mal maior. Sendo assim a Kakistrocracia era o governo dos piores!





sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Participei do Lançamento do Livro “É Golpe, Sim!”, do Deputado Adão Villaverde

“Caros amigos e caras amigas, passado o processo eleitoral em Porto Alegre vou retomar minhas publicações no blog. Como sempre abordando teoria política e temas relevantes da conjuntura política internacional e nacional. Nessa publicação tomo a liberdade de convida-os à leitura do livro de Adão Villaverde, “É Golpe, Sim!”, editado pela Sulina. O Villa além de ser um de nossos melhores representantes na Assembleia Legislativa, também é um excelente ensaísta e nos instiga a refletir sobre os dramáticos acontecimentos que levaram a interrupção do mandato democrático da presidente Dilma. No livro faço uma contribuição em parceria com Villaverde analisando as razões internacionais da conspiração que levaram ao golpe parlamentar. Aproveitem a promoção da Feira do Livro que se encerra  no próximo dia 15/11, e boa leitura!”



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Os EUA e o GOLPE do Impeachment de Dilma - jornalista Pepe Escobar

"Em entrevista ao canal de mídia alternativo francês “Le Cercle des Volontaires”, em 26/05/2016, o jornalista Pepe Escobar sustentou que a queda da presidente Dilma Rousseff decorreu do desejo do governo norte-americano de tomar as riquezas do pré-sal, e que tudo começou com os grampos da NSA (Agencia Nacional de Segurança) contra a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras.  

Pepe Escobar é brasileiro e tem colaborado com a RT (Russia Today), The Real News (TRNN)[7] e Al Jazeera.[8] Também contribui para os sites Sputnik [9] TomDispatch,[10] OpEdNews, [11] Strategic Culture Foundation, Counterpunch e Information Clearing House,[12] entre outros websites - da América à Ásia Oriental."

- Clique na imagem abaixo e assista à entrevista.



 Vídeo










segunda-feira, 27 de junho de 2016

Guardiania¹ versus Democracia: Oligarquia versus Governo Eleito no Brasil

| Texto Ilton Freitas


Remonta aos antigos gregos as origens do debate político e filosófico que colocam em perspectivas distintas os defensores do governo dos guardiães (aristocracia), em contraposição ao governo democrático (povo). Os governos que resultam da guardiania e da democracia constituem formas distintas e antagônicas nas suas fundamentações. O grande filósofo da antiguidade, Aristóteles (384 a.C./322 a.C.), em sua obra “Ética a Nicômaco (350 a.C.)”, sistematizou uma famosa descrição sobre os tipos de governo e suas respectivas formas corrompidas. A monarquia poderia resultar em tirania, a república aristocrática resultaria numa oligarquia (poder de poucos), e, finalmente, a democracia degeneraria em anarquia (ausência de autoridade).  Seguindo Aristóteles poderíamos agrupar a monarquia e a aristocracia como variantes do poder não democrático, porquanto a democracia e suas instituições constituiriam o poder do demos (povo). Registre-se que para Aristóteles a pior forma era a democracia, pois sua corruptela – a anarquia – ameaçaria a sobrevivência da polis. 




quarta-feira, 8 de junho de 2016

O “Império do Caos” e as Razões do Golpe de Estado no Brasil

| Texto Ilton Freitas


No início dos anos noventa do século passado se dissolvia a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), e findava o mundo bi polarizado militarmente com os Estados Unidos desde o fim da II Guerra Mundial (1939-1945). A resultante foi um mundo unipolar sob a regência sem rival militar e econômica do império anglo-americano. No novo cenário o império impulsionou a guerra contra o Iraque (1991) para rapinar sua principal riqueza natural, o petróleo. Guerra levada a cabo sob o falso pretexto de que o regime de Sadam Hussein escondia armas de destruição em massa. Além da guerra, o Iraque foi submetido a um embargo comercial de 1990 a 2003, que vitimaram centenas de milhares de iraquianos, a grande maioria crianças. A escalada bélica da “Nova Ordem Mundial” anunciada pelo presidente George W Bush (1989-1993), foi acompanhada pela contrarrevolução econômica neoliberal na América Latina. 



sexta-feira, 22 de abril de 2016

A Precária Cultura Democrática e a Re-Oligarquização do Poder no Brasil

| Texto Ilton Freitas


A mais recente interrupção da democracia no Brasil se consumou através de um golpe parlamentar, na repugnante sessão do Congresso Nacional de 17/04/2016. O golpe de “um bando de deputados corruptos que deseja cassar o mandato de uma presidente honesta”, segundo o insuspeito porta-voz da elite financeira de Wall Street, o The New York Times, em sua edição de 14/04/2016! Lembremos que o primeiro período democrático em nossa história iniciou apenas em 1945, e foi interrompido com o golpe civil-militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart. O período atual teve início com a eleição do presidente Collor, em 1989, e com a reeleição da presidenta Dilma em 2014. A aprovação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma – sem crime de responsabilidade - indica, portanto, que estamos ante a mais uma efetiva interrupção de um mandato conferido pelas urnas, isto é, pela soberania popular! Sendo assim após os episódios recentes e vexatórios da aprovação do impeachment de Dilma pela Câmara, assumimos que nossa democracia continua distante de um desejado padrão de maturidade. Isso se deve – em parte - a ausência de uma cultura democrática hegemônica no País. Se não há hegemonia de uma cultura democrática, logo o que verificamos é a predominância de um imaginário não democrático.






terça-feira, 29 de março de 2016

Pepe Escobar: Brasil e Rússia sob ataque de "Guerra Híbrida"[1]

“Em mais uma brilhante análise sobre geopolítica, o jornalista Pepe Escobar, autor de “Empire of Chaos, 2014”, disseca a estratégia de “Guerra Híbrida” das elites anglo-americanas para os países dos BRICS, em particular o Brasil.

Segundo Escobar, a “primavera brasileira” já estaria madura e prestes a completar seu ciclo com um eventual impedimento da presidenta Dilma. No entanto, o planejado “golpe soft” combinando a mídia/judiciário/direita social e oposição política, vem encontrando na sociedade civil democrática uma tenaz resistência, e fortes denúncias no que diz respeito às ilegalidades  da aventura golpista!

Vale a leitura!”



quarta-feira, 2 de março de 2016

"O crime dos pedalinhos e a geopolítica da Lava Jato"

Em artigo sucinto e contundente publicado no portal www.jornalggn.com.br, o jornalista Luiz Nassif contextualiza a dita operação “Lava Jato”. A rigor Nassif desnuda os reais interesses antipatrióticos que subjazem a operação midiático-judicial capitaneada pelo juiz Moro, seus procuradores e policiais federais. Sob a desculpa de combater a corrupção política na maior estatal brasileira - a Petrobras - a “Lava Jato” consiste num aríete a serviço dos interesses imperiais. Interesses e objetivos claros que consistem em:

1) desconstituir o protagonismo político logrado pelo Brasil na América Latina sob os governos petistas;
2) destruir as multinacionais brasileiras e a engenharia nativa e;
3) retirar a Petrobras da exploração do Pré-Sal, abrindo caminho para o status quo ante, isto é,  o entreguismo e a subordinação às transnacionais petroleiras.


Fonte da imagem: jornalggn.com.br

Posto que para os justiceiros do Paraná a “Lava Jato” equiparar-se-ia a italiana Operação Mãos Limpas, do final dos anos noventa, nunca é demais relembrar o que o juiz argentino Raúl Zaffaroni declarou a respeito. Para o considerado maior penalista da América Latina há uma diferença essencial entre a “Lava Jato” e a “Mãos Limpas”. Segundo suas próprias palavras: "A diferença é que a operação ‘Mãos Limpas’ não visava um golpe de Estado!” 

Vale a pena a leitura do Nassif!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"O ultracapitalismo tem nome: TPP. Veja como o acordo poderia afetar você"

Como você avaliaria se o governo do Brasil aprovasse um acordo comercial com outros países, que resultasse num determinado prazo de tempo em: diminuição dos salários, aumento dos preços dos remédios, o fim do direito de saber o que tem na sua comida, a diminuição da privacidade na internet e o direito de uma empresa transnacional em vetar qualquer lei ou regulamentação nacional, que atrapalhe seus negócios?




Em vermelho, os países signatários do TPP


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Convite





Prezados amigos e amigas,
convidamos a todo(a)s para prestigiar no próximo dia 19/01/2016, às 18:30 hs, no bar do Chalé da Praça XV, Largo Glênio Peres, o lançamento do livro de ensaios, "Brasil - Crise e Disputa de Um Projeto de Nação". Maiores informações sobre o evento, favor clicar aqui