terça-feira, 28 de junho de 2022

“A fantasia do fanatismo”

| por Scott Ritter

Fonte: https://consortiumnews.com/2022/06/25/scott-ritter-the-fantasy-of-fanaticism/



Leitoras e leitores críticos dos meios de comunicação de massa já perceberam que a "Guerra na Ucrânia” ocupa cada vez menos as manchetes dos tablóides e portais de notícias da grande imprensa norte-americana e europeia, e suas sucursais tropicais. Notícias sobre o conflito militar no terreno escasseiam, exceção aos “atentados contra civis” perpetrados pelo exército russo como o que supostamente ocorreu no último dia 27/06, num shoping center na cidade de Krememchuk, região central da Ucrânia. A rigor mais uma fakenews que resistiu menos do que vinte e quatro horas, posto que os alvos atingidos pelos foguetes russos de alta precisão foram angares de prédios camuflados, que serviam de esconderijo para armas e munições enviados pela OTAN (Aliança do Tratado do Atlântico Norte). 

Na verdade o conflito só não encerrou com a rendição incondicional das forças armadas ucranianas, por conta do zelo do exército russo em preservar vidas, cidades, infraestrutura civil, a energia e os serviços de telecomunicação vitais ao povo ucraniano. Se compararmos a intervenção militar russa na Ucrânia com o que fizeram os norte-americanos no Iraque em 2003, salta aos olhos a diferença de abordagem num e noutro caso. No Iraque a aviação norte-americana arrasou o País, destruindo pontes, estradas, prédios civis, hospitais produzindo dezenas de milhares de mortes de inocentes.

Por seu turno, Scott Ritter, norte-americano, ex-profissional dos serviços de inteligência do corpo de marinees, escritor e analista de assuntos militares talvez forneça uma pista sobre o rebaixamento da “Guerra na Ucrânia” a quase uma nota de rodapé na grande imprensa. Ritter que também se notabilizou por denunciar a inexistência de armas de destruição em massa no Iraque, que criminosamente justificaram o bombardeio de Bagdá em 2003, escreveu um conciso e preciso texto sobre os termos reais do conflito na Ucrânia. Com notório conhecimento militar de campo, Ritter responsabiliza a OTAN pelo sacrifício diário e inútil de centenas de soldados ucranianos pela avassaladora artilharia russa na região do Donbass. A insanidade da OTAN em “vender” a falsa ideia da possibilidade de vitória da Ucrânia no conflito com a Rússia com o fito de estender o confronto, ao fim e ao cabo é a responsável pelo criminoso morticínio de jovens eslavos. A leitura de Scott Ritter ilumina e dá a real de um conflito já decidido no campo de batalha, que só é mantido por conta da cobiça e degradação moral das lideranças políticas ocidentais.