sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Brasil 2016: A Experiência com a “Kakistocracia"

| Texto Ilton Freitas


Um importante politólogo italiano, Michelangelo Bovero, refletindo sobre os descaminhos da democracia  sob os auspícios do primeiro-ministro Silvio Berlusconni, não hesitou em afirmar que o ethos do governo se aproximava de uma “Kaquistocracia”. No “Dicionário de Sociologia”, numa de suas primeiras edições em inglês, no ano de 1944, o termo Kakistocracia era definido por Frederick M. Lumley como: “...o governo dos piores; estado de degeneração das relações humanas em que a organização governamental está controlada e dirigida por governantes ignorantes e chulos, e/ou por camarilhas inescrupulosas”. Nos idos de 1974, o filósofo argentino Jorge L. García Venturini explicava que “Kakistos” é o superlativo de Kakos, que significa mal e também sórdido, sujo, vil, incapaz, perverso, nocivo, funesto e outras coisas semelhantes. Portanto, se “Kakos” é mal, seu superlativo “Kakistos” é o mal maior. Sendo assim a Kakistrocracia era o governo dos piores!