segunda-feira, 27 de junho de 2016

Guardiania¹ versus Democracia: Oligarquia versus Governo Eleito no Brasil

| Texto Ilton Freitas


Remonta aos antigos gregos as origens do debate político e filosófico que colocam em perspectivas distintas os defensores do governo dos guardiães (aristocracia), em contraposição ao governo democrático (povo). Os governos que resultam da guardiania e da democracia constituem formas distintas e antagônicas nas suas fundamentações. O grande filósofo da antiguidade, Aristóteles (384 a.C./322 a.C.), em sua obra “Ética a Nicômaco (350 a.C.)”, sistematizou uma famosa descrição sobre os tipos de governo e suas respectivas formas corrompidas. A monarquia poderia resultar em tirania, a república aristocrática resultaria numa oligarquia (poder de poucos), e, finalmente, a democracia degeneraria em anarquia (ausência de autoridade).  Seguindo Aristóteles poderíamos agrupar a monarquia e a aristocracia como variantes do poder não democrático, porquanto a democracia e suas instituições constituiriam o poder do demos (povo). Registre-se que para Aristóteles a pior forma era a democracia, pois sua corruptela – a anarquia – ameaçaria a sobrevivência da polis. 




quarta-feira, 8 de junho de 2016

O “Império do Caos” e as Razões do Golpe de Estado no Brasil

| Texto Ilton Freitas


No início dos anos noventa do século passado se dissolvia a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), e findava o mundo bi polarizado militarmente com os Estados Unidos desde o fim da II Guerra Mundial (1939-1945). A resultante foi um mundo unipolar sob a regência sem rival militar e econômica do império anglo-americano. No novo cenário o império impulsionou a guerra contra o Iraque (1991) para rapinar sua principal riqueza natural, o petróleo. Guerra levada a cabo sob o falso pretexto de que o regime de Sadam Hussein escondia armas de destruição em massa. Além da guerra, o Iraque foi submetido a um embargo comercial de 1990 a 2003, que vitimaram centenas de milhares de iraquianos, a grande maioria crianças. A escalada bélica da “Nova Ordem Mundial” anunciada pelo presidente George W Bush (1989-1993), foi acompanhada pela contrarrevolução econômica neoliberal na América Latina.