sábado, 25 de setembro de 2021

"Pesquisadora revela a China ignorada pela mídia onde 850 milhões deixaram a pobreza"

FONTE: Brasil de Fato


Não há registro na história recente da humanidade acerca das dimensões do combate eficaz à pobreza logradas pelo governo chinês. Em quatro décadas, a partir do final dos anos setenta do século passado, foram retiradas da pobreza mais de 850 (oitocentos e cinquenta) milhões de pessoas, o que equivale a aproximadamente a quatro vezes a população do Brasil!

A sustentação desse virtuoso processo foi possível graças ao “socialismo com características chinesas” preconizado pelo governo do Partido Comunista da China (PCCh). Mas no que consiste o “socialismo com características chinesas”? Grosso modo poderíamos sintetizá-lo a partir da importância do estado e de suas políticas eletivas tendo em vista o desenvolvimento de uma comunidade, de seus cidadãos, de suas empresas em consideração ao interesse nacional. Mesmo nos países capitalistas ocidentais o estado nunca deixou de cumprir um papel relevante no desenvolvimento econômico, o que contrasta com a propaganda ultra-liberal acerca das virtudes auto-reguladoras do mercado (sic), que as elites sabujas brasileiras compram rendendo tributo a sua mentalidade colonialista, escravagista e “compradora” tão bem representadas pela malta bolsonarista. Contudo, a história demonstra que não só no caso chinês, mas onde quer que tenha havido desenvolvimento nacional sustentável, o “estado importa”, tal qual o mote das correntes neo-institucionalistas da Ciência Política. 


  Pórtico da Cidade Proibida - Pequim/China


Na entrevista do jornal on-line, Brasil de Fato, sobre o bem sucedido plano de combate a pobreza do governo chinês, a historiadora Isis Maia, que também é pesquisadora em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), nos traz importantes informações sobre como a partir do interesse nacional e sob a direção do governo chinês se obtiveram resultados tão significativos e abrangentes no que tange a diminuição da pobreza, no aumento no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e na diminuição no coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de uma determinada sociedade (a propósito, IDH e Gini são indicadores validados pela ONU).  A pesquisadora chama a atenção sobre como um processo de tal magnitude de enfrentamento bem sucedido à pobreza não é repercutido pela grande imprensa ocidental. Posto que os grupos dominantes locais tenham receio de que se veicule a partir do exemplo chinês, de que a pobreza não é uma fatalidade. Antes, sua perpetuação tem a ver com a ausência de políticas públicas que mitiguem e erradiquem o fenômeno da pobreza e da miséria. Vale muito a leitura atenta da entrevista da historiadora e pesquisadora Isis Maia.