sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

2023 e a Nova Fase da Operação L: Pão, Paz e BRICS!




“Caras amigas e caros amigos,

Gostaria de desejar a todas e todos vocês e familiares um 2023 pleno de êxito, ventura e saúde.

Que a liderança nacionalista, humanista e popular do presidente Lula recoloque o País nos trilhos da prosperidade, do desenvolvimento, dos direitos humanos e da soberania!

Fiz uma rápida síntese dos acontecimentos da política internacional mais importantes em 2022 ao meu juízo, e os relacionei com os grandes desafios de nosso País agora sob a presidência da maior liderança popular de nossa história. 

Faremos uma breve pausa nas primeiras semanas de janeiro, e após retornaremos à trincheira do debate permanente !

Grato a todas e todos que nos acompanham!

Abração!

Boa leitura.



2023 e a Nova Fase da Operação L: Pão, Paz e BRICS!


A eleição do presidente Lula foi um dos principais episódios que denotaram o nascimento do mundo multipolar no ano da graça de 2022! Porém fatos relevantes e que condicionarão o próximo período histórico precederam a vitória de Lula por essas bandas, e precipitaram as condicionalidades em processo, porém,  irresistíveis de uma nova ordem internacional. Me refiro mais precisamente a 1) declaração conjunta em prol das novas relações internacionais assinada em Pequim no início do ano, a 2) Guerra na Ucrânia e a 3) reeleição recente da liderança do Partido Comunista na China. As eleições presidenciais vencidas pelo PT e aliados no Brasil não deixa de ser parte das mudanças tectônicas da geopolítica contemporânea, e urge que o País se alinhe e se posicione sem vacilar como um dos representantes do sul global na animação e construção do mundo multipolar. Além de criar as condições para se alçar à liderança desse processo irmanado com a República Popular da China e com a Federação Russa. Obviamente, que não haverá facilidades nesse empreendimento. 

Dito isto e à guisa de produzir breve síntese dos eventos mais importantes e dramáticos de 2022, que “mudarão para sempre” as relações internacionais resultantes de Bretton Woods, no pós-Segunda Grande Guerra, em 1945, e que alçaram o império anglo-americano à condição de superpotência militar, comercial e financeira, remarco o seguinte. Em fevereiro do corrente a “certidão de nascimento” da nova era multipolar havia sido firmada pelos presidentes Putin e Xi Jinping, da Federação Russa e da República Popular da China respectivamente. A declaração conjunta dos presidentes delineou num histórico e extenso documento o que seriam os contornos da nova ordem multipolar. Destaco dentre outros pontos o fim da hegemonia política e comercial do império anglo-americano, a não ingerência e intervenção nos assuntos internos dos países, globalização assentada na cooperação e auxílio mútuo entre as nações e não mais na exploração dos países em desenvolvimento, o combate a todas as formas de terrorismo incluído os patrocinados pelos serviços de inteligência dos países ocidentais, etc. 

A resistência à nova configuração multipolar do poder mundial tornou o império anglo-americano e seu braço armado, a OTAN, uma ameaça a paz e a segurança global. Sobretudo em consideração a característica das elites ocidentais que estão no controle mais ou menos visível do governo norte-americano e do complexo industrial-militar. Um misto de neoconservadores fanáticos, sionistas e psicopatas e que também controlam os grandes meios de comunicação do ocidente. De outro modo e por conta da degeneração política e moral dessas elites supremacistas e colonialistas, podemos dizer que o estado militarista norte-americano se tornou um empecilho para o crescimento das forças produtivas em escala regional e global. Não há exagero em afirmar que ameaçam o futuro da humanidade por conta do arsenal nuclear de que dispõem, das bases militares espalhadas pelo globo e pelo papel deletério que cumprem suas agências de inteligência em tentar e promover desestabilização política no planeta. 

Sendo assim as elites ocidentais em desconsideração as exortações do governo russo para que fossem respeitados os princípios da indivisibilidade da segurança dos estados europeus, e a vida dos cidadãos nas áreas fronteiriças ao território da nação eslava, o estado militarista norte-americano armou até os dentes o criminoso regime neonazista da Ucrânia e seu fantoche governo presidido pela lamentável figura de Zelennsky. Ato contínuo escalou entre fevereiro e março um conflito militar para enfraquecer o governo Putin. Não deram alternativa aos russos. Isto é, mais uma vez a história  alçou a outrora república soviética à condição de “parteira” de uma nova ordem internacional. Tal como havia ocorrido no início do século XX, a partir da primeira revolução socialista vitoriosa em 1917, e, mais adiante, com a “Guerra Patriótica”, que livrou a humanidade da ameaça nazista com a ocupação de Berlim pelo glorioso Exército Vermelho em 1945. Por seu turno, o Kremlin se viu compelido a lançar uma Operação Militar Especial na Ucrânia e ao longo do conflito que já perdura nove meses, deixaram claro sua condição de superpotência militar e a irreversibilidade do novo horizonte histórico em aliança estratégica com a outra potência, no caso a China. Á par disso a reafirmação da liderança de Xi Jinping consagrada no 20° Congresso do Partido Comunista da China, reforçou em outubro a perspectiva da edificação do socialismo com características chinesas no século XXI,  e a perseverança da liderança chinesa em elevar o padrão de vida dos seus trabalhadores e acelerar a cooperação econômica entre as nações dos países em desenvolvimento. Oferecendo uma alternativa concreta para as nações do sul global superarem o atraso econômico mediante volumosos recursos em infraestrutura através das “Novas Rotas da Seda”. Não por acaso a China é contemporaneamente o maior parceiro comercial da maior parte das nações do globo. E seu modelo de parceria é incomparavelmente superior ao modelo ocidental. Como sabemos por experiência própria as organizações internacionais de financiamento controladas pelos EUA no ocidente, o Banco Mundial e o FMI , “vendem” a ideia  do crescimento baseado em dívida estatal, o que via-de-regra resulta na desnacionalização da riqueza pública e na superexploração dos povos. 

Não há dúvida de que o Brasil sob a liderança do presidente Lula dará passos decisivos para se beneficiar dos efeitos da nova configuração do mundo multipolar , e fará isso sem desconsiderar as nossas tradicionais alianças comerciais com os Estados Unidos e União Européia por conta de nossa posição geográfica. No fundamental, é preciso que a liderança brasileira reafirme que “essa terra tem dono!”

Contudo, em síntese é imperioso que o governo Lula para lograr os objetivos mais elevados de atuação soberana no mundo multipolar deverá reativar sob as novas condições de uma conjuntura internacional complexa e perigosa, a política externa “altiva e ativa” do ministro Celso Amorim. Mas no front interno duas ações inadiáveis deverão ser enfrentadas no curto, no limite, no médio prazo. A primeira é a coesão da sociedade brasileira com políticas públicas que minorem o drama da fome que voltou a açoitar milhões de brasileiros no curso da tragédia que foi o desmonte da nação pelas camarilhas bolsonaristas. A aprovação do Auxílio Brasil no Congresso Nacional foi um primeiro e importante passo nessa tarefa da primeira hora do governo.

E , por fim, o novo governo não deverá hesitar no enfrentamento da “quinta coluna” bolsonarista que contaminou setores do estado brasileiro mais organicamente vinculado às oligarquias nativas. Setores do estado mormente ligados às forças de segurança, que a meu juízo deveriam ser expurgados posto que são antinacionais. Ademais, por óbvio que os paspalhos de camiseta amarela a perorar asneiras na frente dos complacentes comandantes de quartéis, em algum momento albergariam terroristas sustentados por setores marginais da burguesia nacional como os vinculados à extração ilegal de madeira, atentados ao meio-ambiente e a invasão das reservas indígenas na região amazônica. A “quinta coluna” bolsonarista deverá ser enfrentada com o todo o rigor e o peso do estado democrático brasileiro e, sobretudo,  por seus setores constitucionalistas. A tarefa será desafiadora por conta da contaminação “lavajatista” de partes do judiciário e dos órgãos de controle, como o Ministério Público. O “lavatismo” como sabemos resultou do “lawfare”, que foi expressão da “Guerra Híbrida” do império desatada contra o Brasil, e, como sabemos, perseguiu dois objetivos: destruir o setor mais dinâmico da economia nacional liderado pela Petrobras, e criminalizar o PT e sua principal liderança, o presidente Lula.

As primeiras manifestações firmes do senador pelo Maranhão, Flavio Dino, o novo ministro da Justiça são alvissareiras. Dino não tem medido esforço em submeter à lei contraventores e criminosos bolsonaristas. Respaldado em sólido conteúdo jurídico tem condenado as exortações por intervenção militar dos quinta-colunistas e os descerebrados úteis que os servem. E não há como não reconhecer que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, vem atuando no sentido de recompor a legalidade e o império da lei e da ordem, sem o qual uma democracia fenece e não se sustenta. Embora com atraso os mandados de prisão dos criminosos bolsonaristas estão sendo cumpridos e “acampamentos” começam a ser demontados. Essa é uma das partes importantes da reação democrática ao neofascismo nativo. A luta sem quartel aos quinta colunistas deverá se dar em outros fronts. Controlar e punir as agencias de promoção de fake News internas e externas, e processar e penalizar as estruturas que compartilham desinformações serão fundamentais. Ademais, a atualização das necessidades da população através das organizações populares serão um requerimento estratégico para “dissuadir” o neofascismo a partir de muita mobilização da juventude e das classes populares e trabalhadoras.  Esse é o caminho da Paz!


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